quinta-feira, outubro 01, 2009

Agências aos clientes: usem logo a internet

Agências de criação, planejadores de mídia e publicitários conversam com os empreendedores para mostrar destinos eficientes e seguros da verba de marketing no ambiente online.

O que assusta na internet? Pode ser a interatividade ou simplesmente a velocidade dos avanços tecnológicos que causam medo, mas como disse Abel Reis, da Agência Click: “existe segurança e argumentação técnica para fundamentar investimentos em mídia online”.

Então onde está o problema? Depois do seminário, me parece que é em algum lugar entre a coragem de sentar e defender a mídia online para o chefe ou cliente e a decisão de migrar a verba das outras mídias para a internet. Tudo bem, vamos com calma. Existe ainda outra resistência, baseada mais no imaginário do que nos fatos, vejamos. Há quem diga que um produto não tem nada a ver com internet, pelo perfil do público-alvo. Será mesmo?

É evidente o acesso à internet por parte das classes A e B, até mesmo diante do preço da internet no Brasil, mas agora há forte presença das classes C e D no ambiente online, um dos pontos reforçados durante o seminário.

Este movimento se dá prioritariamente em redes sociais, espaços de interação e socialização, grande parte das vezes acessados em centros comunitários, escolas e lan houses. A classe C é de longe a que mais está presente a cada 100 usuários brasileiros de internet. Nas favelas, existem pessoas ganhando dinheiro com a internet - pagam contas, fazem e-mails e vendem produtos. Então por que não pensar em perfil no Orkut para apoiar um determinado produto voltado pra esse público?

Sendo assim, diante da necessidade da presença digital, o cliente fica em dúvida. Procurar uma agência especializada? Procurar uma agência tradicional? Entrar em tudo quanto é rede social? Talvez.

Mas algumas dicas são interessantes:

* Procurar especialistas que já sabem muito bem onde estão pisando e podem apontar as melhores ferramentas e espaços para o seu serviço ou produto;

* Monitorar e fazer ajustes. Uma das grandes vantagens da web é o rastreamento de tudo que acontece com sua peça/investimento;

* Redes sociais: sim, estar presente em redes sociais, mas sem tentar se aproveitar exageradamente do espaço, já que as pessoas que estão ali não estão interessadas em propaganda simplesmente. Abusar, saindo da espontaneidade da comunicação nesses espaços, pode criar um problema de credibilidade;

* Perder o medo da liberdade e da interatividade na internet. Críticas e até mesmo aparentes ou supostas pixações podem servir como fonte de pesquisa para mudanças, reposicionamentos e até grandes viradas. Grandes empresas já passaram por isso;

* Perder o medo de mexer na verba publicitária voltada a veículos “convencionais”. Isso não impede suas presenças no mix de mídia, mas possibilita que você passe a investir em um lugar onde seu público com certeza está: brasileiros são recordistas na internet.

Moral da história? A internet é mesmo ‘o lugar’ e não há mais muita desculpa para não estar presente. Quem precisar de argumentos para se convencer ou convencer alguém já sabe: os dados e os especialistas estão na rede, é só clicar.

Por Camilla Valadares
Fonte – Webinsider


Alexandre Calheiros
www.on3w.com.br

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